quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A Chave do Perdão

Era um jovem cheio de idéias, um empreendedor. Acreditava que poderia ficar rico e para realizar seu sonho, fez um grande empréstimo. Todavia, à medida que o negócio crescia suas dívidas, também, aumentavam. Não adiantava a esposa dizer que tivesse cuidado com tantas dívidas, ele acreditava que sabia o que estava fazendo! E, realmente, parecia que estava prosperando.

Um dia descobriu que, embora estivesse crescendo, precisava de mais dinheiro. Suas dívidas já eram muito grandes, mas ainda assim, resolveu procurar o homem mais rico da cidade, um poderoso rei, e lhe pediu um empréstimo. Apresentou seus planos, ofereceu como garantia tudo o que possuía, pois tinha certeza de que conseguiria liquidar em pouco tempo aquele débito. Mas as coisas não aconteceram como ele esperava. Muitas coisas deram erradas, sua dívida cresceu além de sua capacidade de pagamento. Já não tinha o mesmo ar confiante. Irritava-se com os filhos frequentemente, não conseguia mais dar atenção à esposa. Esta reclamava que não recebia atenção do marido e os filhos, por sua vez, reclamavam que o pai só andava de mau humor. Perdeu o apetite e o sono. Sua vida estava um caos. Tudo o que pensava era como poderia saldar aquele compromisso. Uma das questões mais sensíveis nos relacionamentos modernos refere-se a finanças: dificuldade financeira uma das principais causas de problemas conjugais.

Um dia, recebeu um mensageiro que o fez ir à presença de seu credor. Suava frio! Diante da exigência do pagamento de sua dívida, ele teve que reconhecer o fracasso de dizer que não tinha como pagar. Nunca se sentira tão mal, pensava. Mas as palavras seguintes do credor foram mais difíceis ainda. Ele ordenou “que fossem vendidos ele, sua mulher, seus filhos, e tudo o que tinha, e que se pagasse a dívida” (Mateus 18:25). Descobriu que esse problema ia afetar toda a família. Somente ele era o responsável por aquela situação e, agora, toda a família experimentaria as conseqüências de seu erro. Ele se humilhou como nunca. Algo aconteceu naquele momento, ele recebeu o perdão de sua dívida! Estava livre daquele tormento dali para frente. Poderia retomar sua jornada ascendente, poderia dar tempo para a família e os negócios com a mesma força e empenho de outros tempos, quando ainda não tinha uma dívida absurda para administrar.

Estava radiante. Contava os minutos para chegar a casa e relatar para a sua esposa as boas novas. Todavia, ainda no caminho, não soube lidar com a liberdade que o perdão lhe proporcionara. Encontrou alguém que lhe devia alguns poucos reais. Ao invés de oferecer-lhe o mesmo perdão que experimentara, agiu com extrema dureza e arrogância, chegando mesmo a sufocar a pessoa com as mãos, tamanha era a ira com aquele homem que estava demorando em saldar o compromisso firmado.

Como a pessoa não tinha como pagar, o jovem lançou-o na prisão, com a condição de que deveria permanecer lá até que pagasse o montante devido. Finalmente chegou ao lar. A boa notícia do perdão ficou sufocada pelo desgosto daquele desagradável encontro.

Algumas pessoas que presenciaram a cena reclamaram ao rei da severidade com que o jovem tratara alguém que tinha uma dívida tremendamente menor do que aquela que o rei lhe perdoara. Novamente o rei o chama. Desta vez ele vai cheio de si, sem imaginar o que lhe reservava.

Ouve duras palavras e, por seu comportamento, o rei revoga o perdão e o leva à prisão, deixando a família desguarnecida de sua presença (Leia o relato em Mateus 18:23-35). Embora o foco de Cristo nesta parábola seja o perdão, ela também ilustra uma grande verdade: nossos atos influem na dinâmica familiar. Não é possível entendê-la sem compreender a vastidão dos contextos que podem influir na ordem familiar. Nesse caso, o problema econômico gerou uma desagregação familiar, primeiro quase escravizando todos os membros da família depois, gerando uma separação. E isso acontece ainda hoje. Claro que não só as dívidas, mas a perda da saúde de um dos membros, o luto, a interferência de parentes, a insegurança, o acesso à educação e oportunidades de emprego e renda, a cultura, a religião, etc., podem interferir na dinâmica familiar, positiva ou negativamente.

Mas diante de todos esses problemas, o perdão é o elemento chave na regulação dos relacionamentos. O perdão viabiliza nossos relacionamentos imperfeitos, em um mundo imperfeito, em meio a circunstâncias imperfeitas. Precisamos constantemente de libertação e reconciliação.

De fato, precisamos de perdão em cada momento de nossa vida, mas precisamos muito mais conceder perdão às pessoas que nos causam mágoas. É ele que nos permite avançar, sem estarmos presos àquelas situações que nos magoaram. Um pai que abandonou um filho, um esposo, um amigo, etc., pessoas importantes para nós, das quais jamais esperamos certos comportamentos. Quando estes traem nossas expectativas surge a mágoa, e ela passa a estar presente em nossa vida. Há pessoas que, apesar de decorrido muito tempo, ainda sentem a dor emocional no mesmo nível de quando o problema ocorreu.

Nos últimos anos tem crescido o número de psicólogos e profissionais da saúde que têm reconhecido a importância do perdão para a saúde emocional e física. De tema religioso passou também a ser tratado como uma questão de saúde. Um estudo realizado pelo Centro Médico da Universidade Duke demonstrou que indivíduos com problemas crônicos nas costas sentem menos dores quando conseguem perdoar as pessoas que as magoaram, além de experimentarem menos problemas psicológicos, como o ódio e depressão, que aqueles que não perdoaram. Um outro estudo da Universidade Estadual de Idaho, ligou o perdão a uma baixa na pressão sanguínea e no nível de cortisol (resultante de uma resposta do corpo ao estresse e enfraquecimento do sistema imunológico) a partir de um grupo de 98 pessoas de camada social e econômica média e baixa e que buscou ser o mais heterogêneo possível em termos raciais.

"O perdão é um recurso psicológico e social que regula as relações humanas." (John Berecz). Não perdoar é manter o papel de vítima, que não permite o crescimento. É manter a raiva, mágoa, o rancor, pois mantém uma situação do passado, que influencia o presente e compromete não só o futuro, mas as relações de maneira geral, fazendo com que os laços afetivos que os une enfraqueçam. Geralmente as pessoas com dificuldade de pedir perdão ou perdoar, tendem a ser rígidas, inflexíveis, críticas com o outro e, principalmente, consigo mesmas. É o perdão que permite que um casamento e que uma amizade tenham continuidade depois de um conflito, ou que as relações de trabalho sobrevivam em meio aos desentendimentos que costumam ocorrer em ambiente profissional.

Jesus nos traz algumas lições práticas para entendermos o perdão:

1) Quem não compreende a dimensão do perdão que Deus concede, nunca aprenderá a perdoar.

2) O que de graça recebemos de graça devemos conceder! A chave para o verdadeiro perdão é deixar de focalizar o que os outros nos fizeram, e começar então a olhar para aquilo que Deus fez e faz por nós.

3) Quem perdoa coloca as pessoas em primeiro lugar. É preciso diferenciá-las das coisas ou de suas ações. Os relacionamentos devem estar em primeiro lugar. Não é porque seu filho fez algo que você não gostou que ele não pode mais ser amado! É justamente aí que ele mais precisa do seu amor, até mesmo para dizer que ele deverá assumir as conseqüências de suas decisões equivocadas.

4) Quem não oferece o perdão torna-se vítima do próprio ódio. Quando não perdoamos, por mais prejuízos que possamos ter, o maior deles é viver mal consigo mesmo e com seus sentimentos. Pior ainda é alguém lhe pedir perdão e por orgulho ou superioridade você negar. Seja humilde, releve. Mas depois que perdoou, olhe para frente sem ficar remoendo o que aconteceu ou voltando ao assunto na primeira discussão.

5) As pessoas que nos amam sofrem quando não conseguimos perdoar, mesmo que não estejam envolvidas na situação. A fragilidade da saúde, o distanciamento, os maus sentimentos cultivados por quem vive preso a uma mágoa causa danos a quem compartilha a vida conosco.

6) O perdão tem seu preço. Quando o rei perdoou o servo, ele abdicou de uma grande soma em dinheiro. Todo perdão exige que alguém tome sobre si algum tipo de prejuízo.

7) O perdão não livra automaticamente das conseqüências. Embora o servo tenha sido perdoado, isso não significa que ele pudesse agir de qualquer modo, nem que o rei voltaria a ser credor novamente. Uma coisa é o perdão, aquele sentimento de estar livre da mágoa que alguém lhe causou, outra é o nível de reconciliação que se permitirá, ou não.



Se eu não posso mudar o que aconteceu...

O perdão exige mudança de atitude. É preciso reformular, ver algo sob uma nova luz. Enquanto continuarmos presos às magoas que nos causam, jamais seremos capazes de superá-las. A parábola que Jesus contou fornece-nos algumas pistas pelas quais trilhar se desejamos experimentar o perdão libertador:

Saiba exatamente como você se sente sobre o que ocorreu para ser capaz de expressar o que há de errado na situação. Havia uma dívida, este era um fato. O problema é que o servo do rei tomou a pequena dívida em termos pessoais a ponto de agir com extrema ira com o seu devedor, esquecendo-se do perdão maior que recebera há pouco.
Comprometa consigo mesmo a fazer o que for preciso para se sentir melhor. O homem achava que se sentiria melhor colocando o devedor na cadeia, fazendo-o sofrer. A vingança não é capaz de produzir alívio. O perdão deve encontrar espaço porque é importante para você.
Entenda seu objetivo. Perdoar não significa necessariamente reconciliar-se com a pessoa que o perturbou, nem se tornar cúmplice dela. O rei ao perdoar o servo não disse que continuaria sendo credor do mesmo.
Tenha uma perspectiva correta dos acontecimentos. Reconheça seus sentimentos, foque-os no problema e não nas pessoas. Ao lançar o devedor na cadeia, este ficaria impossibilitado de trabalhar e, portanto, de saldar a dívida. O devedor ficaria preso e o credor continuaria preso aos maus sentimentos que nutria por conta da dívida.
Quando você se sentir aflito, aprenda a controlar o estresse. Focalize em Jesus, Ele perdoou você muito mais do que qualquer mágoa que alguém lhe tenha causado, a ponto de entregar-Se à morte de cruz por você.
Não espere dos outros, coisas ou ações que elas não escolheram ou não podem dar a você. Lembre a si mesmo que você pode esperar saúde, amizade e prosperidade e se esforçar para consegui-los. Porém você sofrerá se exigir que essas coisas aconteçam quando você não tem o poder de fazê-las acontecer. O devedor não tinha como pagar seu débito. Ao invés de focar no perdão recebido há pouco, o homem deixou que sentimentos de ira e avareza dominassem sua vida.
Ao invés de escrever a história de suas mágoas, comece reeditando sua vida a partir da experiência libertadora do perdão. Alguém me feriu, mas pelo amor de Deus, pelo meu amor a mim e pelo amor aos outros, no poder daquele que é Amor, você será capaz de perdoar. Um bom caminho é começar orando a cada dia para que Deus lhe dê poder para perdoar o seu ofensor.
É claro que em algum momento alguém já lhe machucou. Talvez você ainda não tenha conseguido superar tal situação. O que Jesus ensina por meio desta parábola não é somente que você deve perdoar, mas que Ele lhe dará forças para isso. O Seu perdão deve ser o ponto de partida para que finalmente você tenha essa experiência libertadora em sua vida. Seus relacionamentos agradecerão!

“Ao causar um dano ao seu inimigo, você se torna inferior a ele; ao se vingar dele, você se iguala a ele; ao perdoá-lo, você se torna superior a ele.” Benjamin Franklin.

Pr. Willian Oliveira

A Arte de Permanecer Casado




É provável que tenhamos nos aproximado do casamento com uma idéia limitada, sem saber bem em que negócio estávamos nos metendo.

Talvez você tenha cogitado, como muitos de nós, algumas dessas razões para levar adiante o projeto do casamento:

Preciso me casar, quero ficar livre dos meus pais. Quero ter a minha própria vida!
Sou jovem e saudável, meus hormônios estão à ‘flor da pele’, se não me casar, ...!
Preciso ter alguém que cuide de mim, que me ame, essa vida solitária é sem graça!..
Somos práticos, e procuramos razões que justifiquem nossas decisões. Não importam quais tenham sido os motivos iniciais que o levaram a assumir esse compromisso tão sério, quero lhe dizer que você entrou no melhor empreendimento da sua vida. Mesmo que não tenha vislumbrado plenamente essa idéia desde o começo, o casamento na vida do ser humano é a maior de todas as oportunidades de ser feliz.

Muitos, vendo alguns resultados práticos da vida a dois, reconhecem:

Só depois que me casei consegui organizar minhas finanças.
Vivendo a dois, a gente evita muitos exageros.
No casamento um cuida do outro. E assim, a gente é mais feliz.
Porém, na prática, talvez você hoje esteja meio desanimado com os problemas decorrentes da vida conjugal... parece que são tantos conflitos... mil disputas, que nos “obrigam” a lançar mão de estratégias de guerra para “sobrevivermos”.

Mas o casamento é muito mais do que isso! Quero convidá-lo a contemplar o que acontece nos bastidores dessas cenas que, nem sempre lhe trazem tanta satisfação, alegria e contentamento, como você pretendia. É que, por trás das “instabilidades do mercado”, existe uma grande possibilidade de desfrutar o que há de melhor na vida. O mercado de ações diz que, quanto mais arriscado o negócio, mais lucrativo ele pode ser.

Então, vamos analisar mais profundamente nosso “negócio”?!



Propósito original do casamento

Deus existe em comunidade; Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo; e é desse círculo perfeito que procedem o poder Criador, a harmonia plena, o amor verdadeiro, o livre arbítrio, o companheirismo...

Ao estabelecer a família no contexto do primeiro casal, Deus formava um núcleo para a preservação e cultivo dessas características, o ambiente ideal para o exercício dos atributos da comunidade celestial: amor, harmonia, companheirismo, codependência. ... Vivendo dessa maneira, o homem fortaleceria a imagem de Deus, à qual fora criado, desenvolvendo-se e ampliando suas potencialidades. A natureza se manteria cercada da proteção e cuidados divinos, preservada dos possíveis desgastes do tempo. Enquanto a família humana estivesse em comunhão com o Altíssimo, o globo terrestre estava garantido contra os efeitos da lei da entropia, reinantes hoje.

Como tudo isso acabou?

A família estabelecida no Éden seria, portanto, o núcleo mais nobre e sagrado da presença de Deus, irradiando o amor divino.

Esta verdade fica mais evidente, ao se perceber que, quando se afastaram um do outro, Adão e Eva tornaram-se vulneráveis. Tendo caído em pecado, toda a natureza sofreu os impactos dessa perda: espinhos e cardos se formaram, os animais tornaram-se hostis uns aos outros. Lamentavelmente com o afastamento de Deus e do Seu propósito original para a família, toda a humanidade foi afetada. Afirma-se que “no murchar da flor e no cair da folha, os primeiros sinais da decadência, Adão e sua companheira choraram mais profundamente do que os homens hoje fazem pelos seus mortos.”



Estaria tudo perdido definitivamente?

As promessas de Deus foram apresentadas imediatamente. Após a queda, o homem despojado das características divinas estava agora subordinado ao mal, sendo então governado pelos impulsos carnais que brotavam de dentro de si. Deus então se pronuncia: ”Porei inimizade entre ti (a serpente) e a mulher (família humana)” (Genesis 3:15).

É Deus quem vem em socorro do homem. Intervém na seqüência natural dos fatos “certamente morrerás” (Genesis 2:17) e oferece-lhe a oportunidade de voltar ao plano original. É Deus criando mecanismos que oportunizam à família caída o restabelecimento dos valores divinos no coração humano.

Assim como originalmente a comunhão de nossos primeiros pais com Deus, quando ainda no Éden, era o meio pelo qual fluíam as bênçãos divinas para todas as criaturas e a criação, a união conjugal e familiar, hoje, é a única forma de fazer convergir para o Planeta Terra os raios do Sol da Justiça que expulsam do coração humano as trevas do mal.

É no aprendizado da abnegação, do desprendimento, da paciência oportunizados pelo relacionamento conjugal e familiar, que as virtudes divinas desabrocharão em nossa vida. Unicamente em um convívio tão próximo e íntimo como o da família, onde fica evidente nossa vulnerabilidade e claramente expostas nossas fragilidades, é que podemos ser edificados por Deus e restaurados a Sua imagem e semelhança.

O casamento é, portanto, o meio eficaz usado por Deus, a fim de despertar o homem para a necessidade de ter em si os atributos do céu. É na administração das necessidades da família, na busca do bem-estar do outro, no respeito pela sua personalidade, na resolução dos conflitos,... que vemos falidas as habilidades humanas, que vemos fracassar nossos esforços de exercer domínio próprio, de respeitar o outro, de amar verdadeiramente... É na família que nos chocamos com a maldade de nossos pensamentos e a crueldade e obstinação de nossos atos. Nosso eu é dominador, controlador da vontade do outro, impostor de nosso querer...

E só então, ante a frustração e a infelicidade, ante a sensação de se estar só é que podemos despertar. É no contexto de um lar fracassado que reconhecemos a necessidade de mudanças radicais em nosso ser, uma transformação tal onde o altruísmo faça morrer nosso próprio “eu”, sacrifício para o qual não temos forças, mas de que precisamos a fim de permanecermos casados.

Só quando nos sentirmos fracassados em nossas tentativas de melhora, quando nos percebemos perdidos em nossos esforços é que estaremos abertos para reconhecer a disponibilidade desse Pai que ama Seus filhos. Deus arregimenta os exércitos dos céus para socorrer àqueles que clamam por Seu auxílio.

Agora salta diante de nossos olhos que, além de a união conjugal oferecer a segurança de companhia, de não se estar só nas caladas da noite, na velhice, de ter alguém que cuide, que seja solidário, expectativas muitas vezes frustradas... a vida a dois é o meio usado por Deus para levar-nos a identificar que os artifícios humanos usados com bom resultado em relacionamentos profissionais: domínio, tirar proveito da autoridade, persuasão, habilidades de argumentação, que aparentemente funcionam bem no trabalho e na vida social, são completamente ineficientes para sustentar um relacionamento profundo e verdadeiro como é o casamento.

O que nos resta então? O amor existe? Como permanecer casado?

A restauração

Os dividendos de alegria, compreensão, contentamento, solidariedade e companheirismo que nos levaram diante do altar na busca do amor verdadeiro, podem tornar-se realidade em nossa vida unicamente quando, esgotados em nossos esforços, decidimos buscar o amor em sua fonte genuína – Deus.

É na busca de um relacionamento pessoal e profundo com Deus (I João 4:7 e 8), deixando morrer nosso insaciável “eu” (Mateus 16:24), é que estaremos nascendo para as características divinas em nosso ser.

Só amor pode gerar amor. Só Deus presente em nosso coração, pode fazer brotar dentro de nós o amor, nos seus mais variados matizes: alegria, paz, paciência amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22 e 23 NVI). Só a comunhão íntima com o Criador, poderá tornar a nossa vida e nosso relacionamento conjugal um santuário de santificação (João 4:13 e 14), abrindo-nos, assim, as portas do céu. A eternidade se descortinará a todo aquele que, ante a impotência dos esforços humanos para restaurar a família, busca nAquele que a instituiu, os segredos da arte de permanecer casado.

Sapato Encantado

Quantas mulheres não sonharam com um príncipe encantado, trazendo aquele sapatinho de cristal que era perfeito? E quantos homens não sonharam com uma linda princesa, entrando em sua festa e se apaixonando perdidamente por eles.


Assim sendo, vou tentar fazer uma alegoria e comparar o casamento com um sapato.

Ali estão moças e rapazes, todos bem cheirosinhos, penteadinhos, as simpáticas garotas desfilando com lindas roupas. Você já reparou que geralmente nas vitrines só tem um pé de calçado? Na época da paquera a gente não coloca as unhas de fora. Todos tentam mostrar só um lado, e sem dúvidas, o lado bom.
Mas alguns não se consideram sapatos de valor, não se colocam numa vitrine, não se valorizam. Ficam expostos em bancas e acham que podem ser calçados, apalpados por quantos quiserem, e deixados de lado sem nenhum compromisso.
E falando em compromisso, penso que o namoro deve ser o momento que a gente entra na loja e vai experimentar o sapato. Veja, você pode calçar o sapato, mas não pode pisar no chão, tem de andar em cima do tapete pra ele não sujar, não pode correr com ele, ou sair na chuva. Você só pode usá-lo, depois de pagar o seu preço. Muitos, hoje, acham que não há nada de mal em FICAR com um sapato que ainda não é seu. E no que implica essa expressão: FICAR?
Queridos jovens, a qualidade do seu futuro casamento, a profundidade do relacionamento de seu futuro lar depende dos elos de confiança formados durante o namoro. Algumas pesquisas mostram que os casamentos em que se preservou a intimidade física, são aqueles que possuem elos de cumplicidade, que conseguem resistir às crises e se mantém em crescimento e gratificação com o passar dos anos.

Na realidade eu não acredito que casar seja tão fácil como comprar um par de sapatos, porque o casamento, no plano de Deus, não deve ser um objeto descartável que ao começar a dar calo, você encosta e troca por outro. O casamento, no plano de Deus, é uma aliança para a vida toda.
Por isso, a escolha do seu parceiro, de sua parceira, deve ser feita com muita oração. Alias, penso que neste assunto, nós devemos permitir que Deus nos ajude a escolher, pois nosso coração é enganoso, e nós não podemos conhecer o outro profundamente. SÓ DEUS pode!
No entanto, mesmo coma ajuda de Deus, continuamos alimentando expectativas em relação ao casamento.
Sempre pensamos em:
Alguém que supra as nossas necessidades.
Alguém que nos ajude a conquistar nossos ideais e sonhos.
Alguém que nos proteja e nos motive quando estamos desanimados.
Alguém que nos traga um desjejum na cama.
Alguém que invista o dinheiro em nós.
Alguém que ache tudo que fazemos lindo, maravilhoso.
Alguém que nos ache bonita e especial.
Alguém que, sem despesas com empregada, nos livre de recolher roupas sujas, levar o lixo pra fora, lavar a louça cheia de gordura, etc, etc, etc.

As expectativas nos fazem pensar que teremos aquele sapato confortável, macio, lindo e moderno. Acho que os rapazes pensam no casamento como um lindo par de tênis Nike, ou Reebok, daqueles que não têm nem cadarço. Você coloca, gira um botão e está calçado.
As moças, talvez, pensem num scarpin daqueles que você se sente nas nuvens.
E por mais que todos digam que casamento tem seus problemas, a verdade é que todos nós desenvolvemos expectativas, sonhos, às vezes, grandes ilusões e até fantasias em relação à vida conjugal.
Os anos vão passando e você percebe que ninguém se preocupa com suas necessidades.

- Às vezes, o homem pensa que não pode realizar seus sonhos porque tem uma família para sustentar e filhos para criar. Por outro lado, a mulher se sente em segundo plano, porque entende que deve estar na sobra dos sonhos do seu marido.
- Nada do que você faz é apreciado.
- A vizinha da esquina parece ser bem mais bonita do que você.
- E por mais que você queira escapar, sempre tem uma pia com louças lhe esperando, em vários momentos do dia.
Depois de alguns anos você olha para aquele par de sapatos, e percebe que ao invés de um tênis, ou um scarpin, você tem um coturno, lhe empacando de andar. E alguns quando se dão conta que têm esse coturno, aí é que relaxam. Nem pra passar uma graxinha. Deixam seu casamento de qualquer jeito. Vão como dizem: empurrando com a barriga!
Você olha para a pessoa que está ao seu lado e pensa: onde eu estava com a cabeça. Esta pessoa não tem nada a ver comigo. É o meu avesso. E pior ainda, como você orou e pediu a Deus que o ajudasse a escolher, então cobra dEle. Mas Senhor, eu não Lhe pedi uma pessoa que pudesse me ajudar e como é que o Senhor me apronta uma dessas. Eu confiei e agora?
Talvez alguns estejam vivendo momentos de crise e perguntam: Você que eu continue com esse terrível coturno?
Primeiramente, precisamos olhar o casamento de forma diferente. Ele não é um “coturno”, mas sim, um presente maravilhoso instituído por Deus, especialmente para você.
Sim, esse sapato é uma bota ortopédica, desenhada pelo melhor Ortopedista do Universo. Um Ortopedista que conhece muito bem os seus defeitos, sabe que não é fácil corrigi-los. E sabe, também, que com esses defeitos você está PERDIDO.
Dentro da bota tem uma palmilha. Quantos de vocês já tiveram que usar uma palmilha?
Os primeiros dias são horríveis! Depois de duas horas, o pé dói tanto, que você não agüenta, tem de tirar um pouquinho. Mas se você desistir, o seu pé vai ficar torto.
Tirar um pouco a palmilha nos momentos de crise é arejar a cabeça. Saia do foco das discussões e peça a Deus que o ajude a ouvir o que o outro está falando por trás das simples palavras.
Tente perceber se o que o seu parceiro está tentando dizer não é como uma palmilha nova que incomoda, e você não está querendo ouvir. Ouvir significa:
Mudar, abrir mão de seus conceitos, da forma de pensar e ver a vida, talvez até reconhecer que suas verdades não são tão impecáveis. É reconhecer que apesar de ter pais maravilhosos, eles não são perfeitos, e os conceitos que lhe ensinaram também podem não ser tão perfeitos. Os outros modos de ser e ver a vida têm suas virtudes!
Se você reconhece que Deus instituiu o casamento e sabe o que é o melhor para você, avalie o que Ele está tentando trabalhar em você nessa relação: a fé, a abnegação, o altruísmo, o domínio próprio, a paciência, a humildade ou o perdão?
Deus, em Sua infinita bondade, permite que atravessemos crises para um propósito especial. Alguém com muita propriedade disse:
“As dificuldades que tornam a vida cheia de trabalhos e ansiedade, foram permitidas por Deus para o bem das pessoas. Fazem parte do Seu plano, como um aprendizado necessário que ajuda a tirar o ser humano da ruína e degradação que o pecado provocou.”
Em minha vida pessoal orei muitas vezes pedindo que Deus me livrasse da cruz que meu casamento representava. Até que decidi com Ele que iria aproveitar ao máximo as incompatibilidades para trabalhar o meu caráter, para crescer, para ser uma pessoa melhor e me preparar para a vida eterna.
Diante de cada dificuldade desvie o seu olhar dos defeitos enormes que você vê no outro e concentre-se em suas fragilidades. Por que você perde a calma? Por que se incomoda tanto com as manias e costumes do outro? Por que se afeta tanto com algumas de suas atitudes? Por que se sente tão deixada de lado por outras prioridades?
A partir de então, você vai começar a perceber muitas falhas, carências e necessidades em você, que independente de quem seja seu cônjuge, elas estão aí e precisam ser trabalhadas. Comece então a utilizar cada crise, cada dificuldade como um treinamento para as suas mudanças. Deixe de pensar ardentemente em querer outra pessoa na pessoa de seu cônjuge, e comece a procurar outra pessoa dentro de você mesmo.
Decida que aproveitará, ao máximo, todas as provas para ser a melhor pessoa do mundo, ainda que o outro não entenda, e não valorize as suas atitudes.
Você tem por quem lutar: por você, seus filhos, e por que não, por seu casamento?
Aceitar a bota ortopédica, insistir em usá-la, ainda que seja pesada, desconfortável e incômoda é o único caminho para corrigir os defeitos do seu próprio pé!
Eu tenho um sapato ortopédico com uma palmilha que uso há mais de três anos. No início foi difícil me acostumar com esse calombo que magoava os ossos dos meus pés. Hoje, troco qualquer tênis ou scarpin para ficar com essa palmilha. Ela é uma delícia. O carocinho me dá um conforto semelhante a uma boa massagem nos pés e tem a vantagem de estar corrigindo meus defeitos.
Não existe mágica que possa transformar o casamento em um conto de fadas. Mas existe a recompensa de esforços persistentes na busca do altruísmo, do perdão, abnegação, paciência, tolerância e da busca de transformações interiores. A solução não está no outro. O outro pode mudar, mas isso é com ele e Deus. Você não pode fazer isso.
Essa mudança de atitude não deve ser interpretada como uma abnegação tipo a da “Amélia”. Por mais que um homem ache que a mulher de verdade é a do tipo “Amélia” ela não é uma mulher valorizada, amada e admirada. Mesmo na música, apesar de reclamar, não é com a “Amélia” que o cantor está. Ela já foi deixada por uma mais exigente.
Mudar o foco de interesses não quer dizer que você deve engolir as coisas erradas que seu cônjuge faz, ou aceitar seu egoísmo. Não, porque nós também temos uma parte a desempenhar no crescimento do outro. Afinal, você é a palmilha do outro.
Calce sua bota ortopédica, engraxe-a, mantenha-a limpa e bem cuidada.
Como? Como? Como?
Só há uma maneira de se conseguir isso: amando. E amar é: ESCOLHER!
Escolher cuidar das necessidades do outro. Isto é amor.
Escolher tratar o outro com respeito, mesmo quando ele não merece. Isto é amor.
Escolher demonstrar aceitação incondicional. Isto é amor.
Escolher perdoar, independente do arrependimento da pessoa. Isto é amor.
Escolher não deixar vir à tona os acontecimentos dolorosos, e substituir as lembranças ruins por coisas positivas. Isto é amor.
Escolher calçar o sapato do outro. Isto é amor.
Você pode, porque o amor é poder.
E o que vai acontecer é que assim como aquele tênis ou o scarpin no decorrer do tempo se transformou em coturno, com o passar dos anos, diante da sua persistência e, acima de tudo, a comunhão diária com Deus transformarão seu casamento em um sapato encantado.
A verdade é que com a ajuda de Deus seu casamento poderá se transformar em uma relação de afetividade e companheirismo.
E assim, sua vida conjugal poderá se tornar aquele chinelo confortável que você passa o dia inteiro esperando para calçá-lo quando chega a casa!

Mulheres são como Maçãs

"Mulheres são como maçãs em árvores.
As melhores estão no topo.
Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão,
que não são boas como as do topo,
mas são fáceis de se conseguir.

Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas,
quando na verdade, eles estão errados...

Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar,
aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore."

Machado de Assis

Quando deus criou as mães...

Quando deus criou as mães...




No dia em que Deus criou as mães, um anjo apareceu-lhe e disse:
-Por que esta criação está lhe deixando tão inquieto senhor?
E o Senhor Deus respondeu-lhe:
-Você já leu as especificações desta encomenda?
Ela tem que ser totalmente lavável, mas não pode ser de plástico.
Deve ter 180 partes móveis e substituíveis, funcionar à base de café e sobras de comida. Ter um colo macio que sirva de travesseiro para as crianças.
Um beijo que tenha o dom de curar qualquer coisa, desde um ferimento até as dores de uma paixão, e ainda ter seis pares de mãos.

O anjo balançou lentamente a cabeça e disse-lhe:
-Seis pares de mãos Senhor? Parece impossível?!

-Mas o problema não é esse, falou o Senhor Deus - e os três pares de olhos que essa criatura tem que ter?

O anjo, num sobressalto, perguntou-lhe:
-E tem isso no modelo padrão?
O Senhor Deus assentiu:
-Um par de olhos para ver através de portas fechadas, para quando se perguntar o que as crianças estão fazendo lá dentro (embora ela já saiba); outro par na parte posterior da cabeça, para ver o que não deveria, mas precisa saber, e naturalmente os olhos normais, capazes de consolar uma criança em prantos, dizendo-lhe: "Eu te compreendo e te amo!" - sem dizer uma palavra.

E o anjo mais uma vez comenta:
-Senhor... já é hora de dormir. Amanhã é outro dia.

Mas o Senhor Deus explicou-lhe:
-Não posso, já está quase pronta. Já tenho um modelo que se cura sozinho quando adoece, que consegue alimentar uma família de seis pessoas com meio quilo de carne moída e consegue convencer uma criança de 9 anos a tomar banho...

O anjo rodeou vagarosamente o modelo e falou:
-É muito delicada, Senhor!

Mas o Senhor Deus disse entusiasmado:
-Mas é muito resistente! Você não imagina o que esta pessoa pode fazer ou suportar!

O anjo, analisando melhor a criação, observa:
-Há um vazamento ali, Senhor...
-Não é um simples vazamento, é uma lágrima! E esta serve para expressar alegrias, tristezas, dores, solidão, orgulho e outros sentimentos.
-Vós sois um gênio, Senhor! - disse o anjo entusiasmado com a criação.
-Mas disse o Senhor: isso não fui eu que coloquei. Apareceu assim...

O lobo que existe dentro de nós

O lobo que existe dentro de nós
Uma noite, um velho índio contou ao seu neto sobre a guerra que acontece dentro das pessoas.

Ele disse: "A batalha é entre dois ‘lobos' que vivem dentro de todos nós".

Um é mau: é a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho falso, superioridade e ego.

O outro é bom: é alegria, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.

O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô: "Qual lobo vence?"

O velho índio respondeu: "Vence aquele que você alimenta..."

ORAÇÃO DA MULHER CRISTÃ

ORAÇÃO DA MULHER CRISTÃ




Oração da Mulher Cristã Senhor, dá-me de Raquel a arte de fazer-me amar.

Dá-me de Joquebede o espírito de sacrifício e renúncia.

Dá-me de Débora, a solidariedade e o estímulo.

De, Rute dá-me a dedicação e a bondade.

De Ana, dá-me a fé a fibra para cumprir o voto.

Dá-me a astúcia de Mical, para usá-la no bem, não para o mal.

Como Abigail, faz-me mensageira da paz.

Como Ester, que eu seja desinteressada e altruísta.

Como Maria faz-me pura e humilde, e como Isabel, capaz de regozijar-me com o bem alheio.

De Marta, dá-me a disposição para o trabalho material e de Maria, o anseio espiritual.

Como Dorcas, a costureira, que eu seja útil ao necessitado.

E como Lídia, a mulher hospedeira, que eu abra a porta ao que chegar cansado.

Como a mulher samaritana, que eu corra a falar da salvação.

Senhor, tira de mim se houver :
A vontade de olhar para trás da mulher de Ló,

A preferência por um filho de Rebeca.

O desejo adúltero da mulher de Potifar.

A traição de Dalila.

A trama macabra de Herodias.

De Ti , Senhor, suplico a paz , a bênção e o perdão.

A importância de um elogio

A importância de um elogio



Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades, só se ouve críticas. As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam, valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.

A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres, ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando, amigos, etc. Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro, e que, por conseqüência, são pessoas que têm a obrigação de cuidar do corpo, do rosto.

Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias, e a falta de diálogo em seus lares; o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios, acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa.

Vamos começar a valorizar nossas famílias, amigos, nossos subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos. Vamos observar o que as pessoas gostam.

O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim, vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa. Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma? Pense nisso!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"AS SEMENTES DE DEUS"

"AS SEMENTES DE DEUS"

Um rapaz entrou numa loja e viu um sehor no balcão.
Maravilhado com a beleza do lugar, perguntou-lhe:
- Senhor, o que se vende aqui?
- Todos os dons de deus.
- E custam muito? - voltou a perguntar.
-Não custam nada. Aqui tudo é de graça.
Contemplou a loja e viu que havia jarros de amor, vidros de fé, pacotes de esperança, caixinhas de salvação, muita sabedoria,fardos de perdão, pacotes grandes de paz e muitos outros dons de deus.
TOMOU CORAGEM E PEDIU:
- Por favor, quero o maior jarro de amor de deus, todos os fardos de perdão e um vidro grande de fé, prá mim e prá toda minha familia.
ENTÃO, o senhor preparou tudo e entregou-lhe um pequeno embrulho que cabia na palma da sua mão.
INCRÉDULO,ele disse:
- MAS COMO PODE ESTAR AQUI TUDO O QUE PEDI?
SORRINDO O SENHOR LHE RESPONDEU:
- MEU QUERIDO IRMÃO, NA LOJA DE DEUS NÃO VENDEMOS FRUTOS, SÓ SEMENTES. PLANTE-AS !!!

Só o amor não basta - Artur da Távola

Só o amor não basta - Artur da Távola
para todos
Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar.
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O AMOR É ÚNICO,
como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,
A SEDUÇÃO
tem que ser ininterrupta...

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia
SER ETERNA

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,
RESPEITO.
Agressões zero.

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver
BOM HUMOR
para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.

Amar só é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que
O AMOR É SÓ POESIA,
tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.

O amor é grande, mas não são dois.
Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!

No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é...
e outras que vão te odiar pelo mesmo motivo.
Acostume-se..
Quem ama não vê defeitos,quem odeia não vê qualidades,e quem é amigo vê as duas coisas!

Parábola- As bolachas

Parábola- As bolachas

Era uma vez uma moça que estava à espera de seu vôo, na sala de embarque de um grande Aeroporto.

Como ela deveria esperar por muitas horas pelo seu vôo, resolveu comprar um livro para matar o tempo. Comprou, também, um pacote de bolachas. Sentou-se numa poltrona, na sala VIP do aeroporto, para que pudesse descansar e ler em paz. Ao seu lado sentou-se um homem.

Quando ela pegou a primeira bolacha, o homem também pegou uma. Ela se sentiu indignada, mas não disse nada. Apenas pensou: "Mas que cara de pau! Se eu estivesse mais disposta, lhe daria um soco no olho para que ele nunca mais esquecesse!!!"

A cada bolacha que ela pegava, o homem também pegava uma. Aquilo a deixava tão indignada que não conseguia nem reagir. Quando restava apenas uma bolacha, ela pensou: "O que será que este abusado vai fazer agora?" Então o homem dividiu a última bolacha ao meio, deixando a outra metade para ela. Ah!!! Aquilo era demais!!! Ela estava bufando de raiva! Então, ela pegou o seu livro e as suas coisas e se dirigiu ao local de embarque.

Quando ela se sentou, confortavelmente, numa poltrona já no interior do avião, olhou dentro da bolsa para pegar uma bala, e, para sua surpresa, o pacote de bolachas estava lá... ainda intacto, fechadinho!!! Ela sentiu tanta vergonha!

Só então ela percebeu que a errada era ela, sempre tão distraída! Ela havia se esquecido que suas bolachas estavam guardadas, dentro da sua bolsa... O homem havia dividido as bolachas dele sem se sentir indignado, nervoso ou revoltado, enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar dividindo as dela com ele. E já não havia mais tempo para se explicar... nem para pedir desculpas...

Refletindo: Quantas vezes, em nossa vida, nós é que estamos comendo as bolachas dos outros, e não emos a consciência disto? Há quem proceda de forma muito diferente da que nós gostaríamos.