O fim de ano nos convida a uma reflexão sobre tudo o que fizemos e o que deixamos
de fazer até então, é como se fosse um momento de fecharmos um ciclo para nos abrir a um
novo. Assim sendo, esta é uma boa oportunidade para nos dedicarmos a criar metas a serem
atingidas no ano seguinte.
O escritor romano Sêneca dizia: “não existe vento favorável para o marinheiro que não
sabe aonde ir”. Ou seja, se não temos um objetivo de vida, ficamos perdidos e não
conseguimos aproveitar e talvez até nem perceber oportunidades que nos surjam. Dessa
forma, estabelecer metas é dar o primeiro passo efetivo para alcançar aquilo que queremos, já
que quando traçamos objetivos, indiretamente começamos a nortear e a focar os
pensamentos e ações que serão necessários para o êxito dos nossos projetos.
A realização de metas é na verdade uma conquista. Portanto, criá-las e simplesmente
esperar de braços cruzados ou acreditar que as coisas vão fluir positivamente e acontecer
sozinhas não é uma boa opção. Para quase tudo na vida, temos de nos esforçar e trabalhar no
objetivo se realmente pretendemos alcançá-lo. A persistência, empenho e dedicação são
essenciais.
Para que as metas não sejam abandonadas ou não percam o sentido ao longo do
tempo, ao criá-las, devemos ter em mente um prazo para sua conclusão que deve ser
respeitado. Elas devem ser objetivas, viáveis, bem estruturadas e bem planejadas. Escrevê-las
e eventualmente consultá-las, para ver como estamos progredindo e igualmente válido.
Outra atividade bastante conveniente para esta época é escrever uma carta destinada
a nós mesmos, descrevendo várias metas e realizações que almejamos para o ano que virá. Em
seguida envelopar, colar e só abrir no fim do dezembro seguinte. O resultado é bastante
curioso. Mas, além de tudo, também é bom estabelecermos metas para um futuro mais
distante. Como exemplo: como quero estar daqui a cinco, dez anos? O que preciso fazer para
conseguir o que quero?
Vale lembrar, que por melhor que sejam estruturadas nossas metas, eventualmente
nossos planos podem fracassar. Porém, o fracasso não é motivo de desistência, ele pode
apenas ser indicativo de que o caminho que tomamos não foi o ideal. Então, cabe a nós
repensar e reavaliar o que fizemos na trajetória deste objetivo que não deu o resultado
esperado, identificar o que foi inadequado, aprender com a falha e tentar outra vez.
Algumas pessoas também tendem a se comprometer com alguns planejamentos, mas
acabam por postergar seu início indefinidamente e quando se percebe, o tempo se foi junto
com o que havia sido planejado. É bom perceber se isto sempre se repete, porque se for o
caso, formou-se um padrão de comportamento que precisa ser quebrado. É necessário
desenvolver um sentimento de urgência e não permanecer no hábito de adiar os planos.
E, obviamente, podemos pensar em abrir mão da meta, mas só num segundo
momento e depois de uma boa avaliação. Devemos ter esta postura porque, embora não
exista receita mágica para o sucesso, ele só vem mediante esforço e comprometimento. Então,
num primeiro momento, é mais adequado reavaliar e persistir.